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OSPA comove o público na Sala São Paulo

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A Sala São Paulo, principal espaço de concertos no país, recebeu centenas de pessoas neste domingo (14/8) para o concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). Um público diverso e numeroso escolheu passar a manhã do Dia dos Pais na companhia da sinfônica, que foi intensamente aplaudida após executar um programa dedicado a grandes obras de Heitor Villa-Lobos e Maurice Ravel. A apresentação marcou o retorno da orquestra à Sala São Paulo após quatro anos, desta vez como atração da concorrida série Matinais. Os ingressos, distribuídos na segunda-feira anterior, esgotaram em menos de uma hora. 

O diretor artístico e maestro da OSPA, Evandro Matté, comenta o sucesso da apresentação: “Estou muito feliz por poder brindar o Dia dos Pais com um programa tão bonito e com uma grande performance da orquestra. A receptividade do público foi muito calorosa. A gente sente isso no palco e é uma motivação para continuar trabalhando e transformando a OSPA cada vez mais em uma instituição que leva cultura, ação social e educação para toda a sociedade”. 

O concerto iniciou às 11h05min deste domingo. Sob a batuta de Evandro Matté, a OSPA executou primeiramente o  “Concerto para Piano em Sol Maior”, de Maurice Ravel. O solo ficou a cargo do pianista Fabio Martino, que já havia interpretado a obra muitas vezes na Europa, mas nunca no Brasil. Desafiante e permeada por elementos do jazz e da cultura espanhola, a peça permitiu que Martino demonstrasse todo o seu virtuosismo. Muito aplaudido, Martino retornou ao palco para um bis inusitado: “Dança Brasileira”, de Camargo Guarnieri, no qual o timpanista da OSPA Douglas Gutjahr acompanhou o piano com um pandeiro. 

Em seguida, Martino deixou o palco, mas a orquestra manteve o clima brasileiro com “Choros nº 6”, de Heitor Villa-Lobos. A peça já havia sido apresentada em 10 de julho no Teatro Colón e estará presente no próximo CD da orquestra. Com muitas referências à cultura carioca, a música exige uma orquestra cheia, incluindo duas harpas, e agrega instrumentos de percussão típicos da música popular como a cuíca, o reco-reco, o roncador e o tamborim de samba. 

Ao final da apresentação, a OSPA foi tão aplaudida que o maestro Evandro Matté atendeu ao pedido de bis, repetindo o impactante trecho final de “Choros nº 6”. Esta foi a segunda viagem da OSPA em 2022 e sua segunda passagem pela Sala São Paulo, reconhecida como uma das melhores e mais belas salas de concerto do mundo. A primeira ocorreu em 2018, durante o 49º Festival de Inverno de Campos do Jordão. 

Crédito das fotos: Vitória Proença, Luiza Piffero, Maurício Paz

Leia também a crítica da apresentação publicada pela Revista Concerto

OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre