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Escola da OSPA 50 Anos | Entrevista com Diego Grendene de Souza

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Crédito da foto: Fernanda Chemale / Entrevista: Maurício Paz

Em 2022, a Escola de Música da OSPA – Conservatório Pablo Komlós completa 50 anos. Para a ocasião, conversamos com músicos com passagem pela instituição que fazem da arte um objetivo profissional. Ao longo do ano, alusivo à data, serão publicadas entrevistas com ex-alunos que tornaram a música protagonista da vida.

Há cinco décadas, a Escola da OSPA consolida a tradição de formar gerações de músicos no Brasil e no Exterior, nos mais variados gêneros musicais. Muitos deles constroem uma sólida carreira na música de concerto, retornando às raízes dos primeiros acordes, em Porto Alegre. É o caso do diretor do Conservatório Pablo Komlós, Diego Grendene de Souza, que também atua como clarinetista da OSPA.

Conheça a história do instrumentista na entrevista abaixo!

- Como sua trajetória pela música iniciou? 

Comecei estudando flauta doce com a professora Vera Maria Schneider, com quem tive aulas particulares. Posteriormente ingressei no Projeto Prelúdio e depois na Escola de Música da OSPA. 

- Quando você ingressou na Escola e como foi esse processo? 

Ingressei na Escola da OSPA em 1988. Naquela época o processo de ingresso era mais informal do que hoje em dia, consistindo principalmente em uma audição com o professor. 

- Qual o papel da Escola da OSPA – Conservatório Pablo Komlós na sua vida? 

A Escola da OSPA é muito importante em minha vida. Fui aluno, professor e atualmente sou diretor da instituição. A Escola desempenhou um papel muito importante na minha formação como clarinetista. Posteriormente, como professor, pude passar o conhecimento que adquiri em meus estudos no Brasil e no exterior para jovens estudantes, muitos dos quais trabalham atualmente em orquestras, bandas e universidades. Por toda a importância que a Escola da OSPA já tinha em minha vida, recebi com muita alegria o convite do maestro Evandro Matté para assumir a sua direção, em 2015. Minhas ações à frente da Escola de Música da OSPA tem sido pautadas com base na minha experiência como aluno e como professor da instituição, no sentido de consolidar seu papel na formação musical da mais alta qualidade, e também de ampliar seu papel cultural e social.   

- De que forma você enxerga a educação na sua trajetória musical? 

A educação e o estudo são fundamentais para o músico. São processos que o acompanham desde o início, por toda sua carreira. No meu caso não foi diferente. Estudei em diversas instituições em Porto Alegre, mas também fiz vários cursos em outras partes do Brasil e no exterior, com destaque para a especialização no Conservatório Real Superior de Antuérpia, na Bélgica. Recentemente concluí o Mestrado no PROMUS/UFRJ, e tenho planos para um doutorado no futuro. 

- Qual personagem/figura/espaço na Escola foi fundamental para o seu desenvolvimento? 

Estudei na Escola da OSPA com o clarinetista uruguaio Bolivar Gutierrez. Ele foi um dos músicos uruguaios que o maestro Pablo Komlós trouxe para a OSPA, na década de 70. Era um grande músico e professor. Além disso, tinha um grande conhecimento do funcionamento da orquestra e um grande senso de humor.  

- Houve algum momento na Escola que lhe marcou? Qual seria? 

Muitos momentos. As aulas com o Professor Bolívar, meus alunos da Escola tocando ao meu lado na OSPA. E, recentemente, os concertos da OSPA Jovem, o lançamento do Projeto Escola da OSPA na Comunidade, a criação da Banda Sinfônica, a mudança da sede do conservatório para o Palacinho, e tantos outros. 

- Qual a importância de uma escola de música chegar a 50 anos no Brasil? 

Em um país como o nosso, ainda tão carente de educação e cultura, os 50 anos da Escola de Música da OSPA são com certeza um motivo de orgulho para todos.  Durante toda sua existência, a Escola formou gerações de músicos, presentes não apenas nas orquestras gaúchas, mas também atuantes em outras partes do Brasil e do mundo, em todos os gêneros musicais. 

OSPA - Orquestra Sinfônica de Porto Alegre