Famosa obra de Liszt para piano e “A Grande” sinfonia de Schubert em concerto da OSPA nesta sexta (31/10)

A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) — fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS) — encerra outubro com chave de ouro: um concerto com composições de Franz Liszt e Franz Schubert, dois ícones da música de concerto, com regência do diretor da Orquestra Sinfônica Nacional do Uruguai, Nicolas Rauss. Ao piano, o solista italiano Paolo André Gualdi se junta à orquestra em uma apresentação que faz homenagem à Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina e promete grandes emoções. A apresentação acontece no dia 31 de outubro, sexta-feira, na Sala Sinfônica do Complexo Cultural Casa da OSPA, às 20h, e conta com transmissão ao vivo pelo canal da OSPA no Youtube. Os ingressos para o concerto estão à venda pela plataforma Sympla, e também podem ser adquiridos na bilheteria da Casa da OSPA a partir das 15h no dia da apresentação, com valores entre R$10 e R$50.

A apresentação começa com o Concerto para piano e orquestra Nº 1 em Mi Bemol Maior, S. 124, de Franz Liszt (1811-1886). O compositor húngaro trabalhou na obra por cerca de 25 anos até sua estreia em 1855, na cidade de Weimar, na Alemanha, com o próprio Liszt como solista ao piano e Hector Berlioz (1803-1869) como regente. A obra, que conta com quatro partes interligadas, sem pausas marcantes entre seus movimentos, trouxe inovações para a época — como o destaque bem-humorado dado ao triângulo no terceiro movimento, objeto de críticas na época de sua estreia. É descrita pelo solista Paolo André Gualdi como “um deslumbrante testemunho do duplo gênio do compositor como pianista virtuoso e compositor visionário”. Com um tema central que se transforma ao longo de sua execução, o Concerto coloca piano e orquestra em uma troca constante: “O diálogo entre piano e orquestra é central, com as duas forças frequentemente compartilhando e desenvolvendo o material de forma marcadamente conversacional”, afirma o solista.

Depois do intervalo, é hora da Sinfonia em Dó Maior, D.944, do austríaco Franz Schubert (1797-1828). O regente Nicolas Rauss considera a obra “um monumento sinfônico da primeira metade do século XIX”. Conhecida como A Grande por seu comprimento, complexidade e influência, a Sinfonia estreou apenas em 1839, 11 anos depois da morte do compositor, sob a regência de Felix Mendelssohn (1809-1847) em Leipzig, na Alemanha. A obra havia sido considerada muito longa e complexa para ser tocada em Viena na época de sua composição, e as partituras, herdadas pelo irmão do autor, Ferdinand, foram descobertas pelo conhecido compositor e também pesquisador Robert Schumann (1810-1856) apenas em 1838 — quando ele então as apresentou a Mendelssohn. Com quatro movimentos, a obra é uma das poucas composições completas do período de maturidade musical de Schubert, e, segundo Rauss, é marcada pela maior inspiração em Mozart do que em Beethoven e pelas justaposições: “Seu estilo é clássico na textura e no ritmo, e algumas vezes romântico em suas melodias. Ambos os elementos estão constantemente justapostos”.

Antes da apresentação, o público também aproveita a palestra Notas de Concerto, apresentada pelo pianista e doutor em Artes Musicais pelo Conservatório Superior de Música da Universidade de Cincinnati (EUA), André Loss. Trazendo informações aprofundadas sobre o repertório da noite e as biografias de cada compositor, a palestra tem entrada incluída no ingresso para o concerto, e acontece às 19h, na Sala de Recitais da Casa da OSPA, também com transmissão online pelo canal da OSPA no Youtube.

Sobre o regente — Diretor da Orquestra Sinfônica Nacional do Uruguai, o maestro suiço Nicolas Rauss construiu uma trajetória importante na América Latina, tendo a Orquestra da Universidade de Santiago do Chile entre 2013 e 2021, a Orquestra Sinfônica Provincial de Rosário (Argentina) de 2008 a 2014, e a Filarmônica de Mendoza (Argentina) de 2000 a 2004. Com formação dupla em regência orquestral e coral com Michel Corboz em Genebra, obteve, em 1987, o 1º Prêmio por unanimidade no 6º Concurso Internacional de Regência Orquestral Gino Marinuzzi, em San Remo. Também dirigiu orquestras na Suíça, Itália, Alemanha, Macedônia, Geórgia, Chile, Argentina, Colômbia e Peru, e transita por obras de compositores como Haydn, C. P. E. Bach, Beethoven, Bruckner, Sibelius, Strauss, Debussy, Bartók, Villa-Lobos e outros, tendo acompanhado solistas como Bruno Gelber, Albrecht Mayer, Michel Debost, Marielle Nordmann e Johannes Moser.

Sobre o solista — Fundador e diretor artístico do South Carolina Chamber Music Festival e professor de Música na Francis Marion University e na University of North Carolina Wilmington, o pianista italiano Paolo André Gualdi se apresenta com frequência nas Américas, Europa e Ásia. Já tocou em salas como a Cadogan Hall (Reino Unido), Universidade de Xangai (China), Musée Würth (França), Theatro da Paz (Brasil), Teatro Solís (Uruguai) e na International Piano Series de Charleston (EUA). Gravou para os selos Mark Records e IFO Classics, com transmissões pela BBC e Rádio Vaticana, e venceu concursos internacionais, incluindo o 1º Prêmio na 15ª Competição Bartók-Kabalevsky.

FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE
Liszt & Schubert
Concerto em homenagem à Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina
SEXTA, 31 DE OUTUBRO DE 2025
Início do concerto: às 20h. Palestra Notas de Concerto: às 19h, com André Loss.
Onde: Complexo Cultural Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).
Ingressos: de R$ 10 a R$ 50. Descontos: ingresso solidário (com doação de 1kg de alimento), clientes Banrisul, Amigo OSPA, associados AAMACRS, sócio do Clube do Assinante RBS, idoso, doador de sangue, pessoa com deficiência e acompanhante, estudante, jovem até 15 anos e ID Jovem.
Bilheteria: em sympla.com.br/casadaospa ou no Complexo Cultural Casa da OSPA no dia do concerto, das 15h às 20h.
Estacionamento: gratuito, no local.
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.
Transmissão ao vivo: às 19h (Notas de Concerto) e às 20h (concerto) no canal da OSPA no YouTube.

PROGRAMA

Franz Liszt | Concerto para piano e orquestra Nº 1 em Mi Bemol Maior, S. 124
- Allegro maestoso
- Quasi adagio - Allegretto vivace
- Allegro marziale animato

Intervalo

Franz Schubert | Sinfonia em Dó Maior, D.944, (A Grande)
- Andante; Allegro ma non troppo
- Andante con moto
- Scherzo: Allegro vivace
- Allegro vivace

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
Solista: Paolo André Gualdi (piano)
Regente: Nicolas Rauss

Estes eventos disponibilizam medidas de acessibilidade.

Lei de Incentivo à Cultura
Patrocínio da Temporada Artística: Gerdau, Banrisul, TMSA e Tramontina.
Apoio da Temporada Artística: Unimed, Imobi e Intercity. Promoção: Clube do Assinante.
Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação OSPA, Secretaria da Cultura do RS, Ministério da Cultura, Governo Federal – Do lado do povo brasileiro.